Descoberta do Telescópio James Webb sugere que nosso universo pode ter nascido dentro de um buraco negro

Uma análise recente dos dados coletados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) pode mudar tudo o que sabemos sobre as origens do universo. Astrônomos identificaram um padrão intrigante na rotação de galáxias antigas, sugerindo que nosso universo pode ter se formado no interior de um buraco negro.

O desequilíbrio na rotação das galáxias

Utilizando dados do projeto JWST Advanced Deep Extragalactic Survey (JADES), os cientistas analisaram 263 galáxias extremamente distantes e antigas. O que encontraram foi surpreendente: 66% dessas galáxias giram no sentido horário, enquanto apenas 34% giram no sentido anti-horário.

Essa assimetria é inesperada. Em um universo sem direção preferencial, o mais lógico seria uma distribuição equilibrada — 50% para cada lado. Esse padrão estranho pode representar uma "impressão digital" deixada na estrutura do universo logo após seu surgimento.

Universos gerados por buracos negros?

Essa anomalia está de acordo com uma teoria conhecida como cosmologia de Schwarzschild. Segundo esse modelo, proposto por físicos como Nikodem Poplawski, buracos negros podem não ser apenas regiões destrutivas do espaço-tempo — eles também podem dar origem a novos universos.

  • 🕳️ Nosso universo poderia estar dentro de um buraco negro pertencente a um universo maior, anterior ao nosso.
  • 🌌 A rotação desse "universo pai" pode ter influenciado a rotação das galáxias dentro do universo que ele gerou — o nosso.
  • 💥 O Big Bang seria, nesse cenário, um salto ou “rebote” causado pela compressão extrema da matéria dentro do buraco negro.

Explicações alternativas e cautela científica

Apesar do impacto da descoberta, nem todos os pesquisadores estão convencidos. Alguns sugerem que a rotação da própria Via Láctea pode ter causado um viés nos dados coletados. Se isso for verdade, pode significar:

  • 🔹 A necessidade de revisar como medimos distâncias no universo;
  • 🔹 Novas pistas sobre a tensão da constante de Hubble — um dos maiores mistérios da cosmologia moderna;
  • 🔹 A presença de galáxias que parecem mais velhas do que o universo em si, algo que desafia os modelos tradicionais.

De qualquer forma, a hipótese de que vivemos dentro de um buraco negro está ganhando força entre algumas vertentes da física teórica. Se for comprovada, pode representar uma revolução na maneira como compreendemos o espaço, o tempo e a própria existência.

Referência científica: Lior Shamir, “The distribution of galaxy rotation in JWST Advanced Deep Extragalactic Survey”, Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (2025).